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Fast-MP: Uma aplicação feita à medida do cliente


Este mês viajámos até Leiria para conhecer melhor a Fast-MP, startup que venceu a edição de 2019 do Tourism Explorers. Fomos recebidos por João Gaspar – um dos seus Fundadores – que nos explicou que a Fast-MP é muito mais do que uma mera aplicação de entrega de refeições.



© Ana Oliveira, Fábrica de Startups


Quando conheci a Fast-MP em 2019, no Tourism Explorers, achei que era mais uma plataforma de entrega de refeições. Mas, estava enganada. É muito mais do que isso. É uma verdadeira “ferramenta de trabalho”, como diz João Gaspar, já que permite que utilizadores, como restaurantes ou lojas, ativem ou desativem uma série de funcionalidades, de acordo com as suas necessidades. 2016: o ano do Futebol, do Festival da Canção e da Fast-MP Foi em 2016, mais propriamente na Final do Campeonato Europeu, em Paris, que João teve a ideia de criar a Fast-MP: “na altura, utilizei uma aplicação para fazer os pedidos, que se chamava UEFA Delivery, e a comida foi ter ao meu lugar e eu achei aquilo espetacular”. A única coisa que não fazia sentido para João era o facto de aquela aplicação deixar de existir, assim que terminasse o Campeonato. Então, diz que se pôs a pensar: “isto era bonito era se fosse para sempre, desse para os estádios, mas também para os restaurantes e as para lojas, que estivesse disponível para grandes cadeias, mas também para pequenos restaurantes”. Da ideia à prática João diz que a seguir falou com o seu sócio (já de outras viagens), Ricardo Lopes, e que ele rapidamente tratou de pôr a ideia em prática, ou seja, desenvolver a plataforma. A participação e a vitória no Tourism Explorers Em 2019, quando participaram no Tourism Explorers, o objetivo era claro: “aumentar a rede de contactos”. Acabaram por vencer o programa. João diz que “o Tourism Explorers foi importante” para os “colocar neste tipo de mundo”. Para além disso, na sua opinião o programa é “muito interessante” e tem “formadores muito bons”, que os fazem “pensar no negócio e estruturar as coisas”. Uma ferramenta de trabalho Hoje têm aquilo que João chama de “ferramenta de trabalho”, que segundo o próprio é muito mais completa do que muitas outras plataformas de entrega de refeições, uma vez que permite que os seus utilizadores (restaurantes, lojas) ativem ou desativem uma série de serviços, consoante as suas necessidades. A entrada no mercado Ainda assim, João diz sentir dificuldade em colocar a Fast-MP no mercado: “embora o Covid tenha mudado um pouco o paradigma e levado as pessoas a utilizarem mais as plataformas digitais para fazer pedidos, alguns restaurantes ainda não perceberam bem a diferença, por exemplo, entre uma aplicação como a Fast-MP e outras plataformas de entregas de refeições”. A “filosofia” Fast-MP João diz que a sua sorte é terem “alguns restaurantes que percebem a filosofia da Fast-MP e utilizarem-na, realmente, como uma ferramenta”, acrescentando que têm, atualmente, “restaurantes que faturam mais via Fast-MP, do que faturavam antes do Covid”. O serviço de delivery Uma das recentes novidades da Fast-MP é o serviço de delivery. João diz que, inicialmente, não estavam a pensar desenvolver este serviço, mas que o fizeram, sobretudo, a pensar num restaurante de Lisboa, seu cliente, que teve de fechar portas, por causa da pandemia: “eles utilizaram a nossa plataforma e colocaram os seus colaboradores a fazer entregas ao domicilio”. Para João este serviço é muito interessante, uma vez que o cliente só tem de clicar num botão para o ativar e depois “pode definir diferentes taxas de entrega, consoante a distância ao restaurante, ou o preço mínimo do pedido”. O ajuste no modelo de negócio João diz que, para além desse ajuste em termos de serviço, tiveram também de ajustar os preços, de forma a conseguirem entrar no mercado. Crescer organicamente “Neste momento, nós estamos numa fase em que, como não temos investimento, vamos crescendo organicamente e com o mínimo de custos possíveis, ou seja, mantemos os nossos clientes e vamos fazendo as nossas publicações nas redes sociais, etc.”, diz João. Colocar a ideia no papel, antes de se avançar A todos aqueles que pretendem ser empreendedores, João deixa a seguinte mensagem: “uma das coisas que eu acho que deva ser feita é criar um MVP, mas não é criá-lo e implementá-lo”. “É criá-lo, estruturá-lo, idealizá-lo muito bem e vender essa ideia a potenciais clientes que queiram investir desde início nessa ideia”, acrescenta. Para João é importante “colocar bem a ideia no papel e tentar ter quase tudo definido”. “E depois é validar essa ideia num programa de aceleração como os da Fábrica de Startups”, conclui. Entrevista feita por: Rita Frade, Coordenadora de Marketing e Comunicação da Fábrica de Startups

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