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Rúben Marques: “Tirei bastante proveito do Tourism Explorers"

Já ouviste falar na Bag4Days? É um dos casos de sucesso, que recebeu investimento da Portugal Ventures, e que em 2019 passou pelo programa de aceleração Tourism Explorers, da Fábrica de Startups. Conhece a sua história, aqui.


© Ana Oliveira, Fábrica de Startups

Rúben Marques, Fundador e CEO da Bag4Days, contou-nos como surgiu a ideia de alugar malas, sobre a importância que o Tourism Explorers teve na validação do seu modelo de negócio e também sobre o investimento que receberam por parte da Portugal Ventures. A ideia de alugar malas: Rúben conta que a ideia de negócio surgiu, porque era consultor informático e viajava muito: “por vezes, viajava durante poucos dias e levava uma mala pequena, depois já ia durante três semanas, um mês ou dois meses e precisava de malas maiores”. Até ao dia em que se deparou “com várias malas em casa, que ficavam paradas durante bastante tempo e que, ainda por cima, eram relativamente caras”, e pensou: “por que não aluga-las?”. Rúben explica o pensamento que teve na altura: “eu tenho aqui tantas malas paradas, se eu as tivesse alugado para as viagens, se calhar tinha tido mais benefício, até porque a empresa, provavelmente, até me tinha ajudado a alugar as malas, uma vez que iria estar a viajar em prol dela”. Primeiros passos: Depois, “foi uma questão de pesquisar no mercado se já havia ou não empresas desse tipo”, conta Rúben. “Verifiquei que sim, que havia, então fui ver se havia viabilidade, há quanto tempo é que já estavam no mercado, qual era o modelo de negócio deles e adaptei esse modelo de negócio à realidade portuguesa e europeia”, explica. Rúben diz que “a ideia começou ali a fermentar” e, pouco tempo depois, lançou a Bag4Days. Testar, para validar: Eu criei uma plataforma, muito simples, de aluguer de malas e coloquei-a online, antes mesmo de ter criado a empresa, para validar se, efetivamente, havia interesse”, conta Rúben. “E houve interesse, uma vez que começou a haver alugueres”, acrescenta. “Por isso, foi uma forma de validar o conceito e a necessidade”, explica. “E eu vendo que havia procura, comecei a trabalhar mais sobre isso”, diz. Validar o modelo de negócios no Tourism Explorers: Rúben diz que, na altura, decidiram participar no Tourism Explorers para validarem o modelo de negócio que tinham (e que tinha sido criado em 2017), para estruturarem e alterarem algumas coisas, para aprenderem determinados conceitos. Um programa para quem tem uma ideia para lançar e para quem já a tem no mercado: “Eu digo, quer para quem tenha uma ideia para lançar, quer para quem já tenha uma ideia no mercado, que faz todo o sentido participar neste programa, de forma a poderem validar o seu modelo de negócio, os conceitos que têm e a olhar para a empresa da forma como está estruturada no momento, para perceberem se faz sentido continuar, se faz sentido mudar alguma coisa ou acrescentar ainda mais”, diz Rúben. “Eu tirei bastante proveito do Tourism Explorers”, acrescenta. “Foi uma forma de eu olhar para a empresa e para a forma como estávamos a trabalhar e mudar algumas coisas”, conclui. Um investimento que veio ajudar: Rúben revela que o investimento que receberam em 2019, por parte da Portugal Ventures, os veio ajudar: “se não tivéssemos tido investimento deles e a ajuda deles, possivelmente a empresa já estava fechada, por causa desta questão da pandemia de COVID-19”. “Esta injeção de capital também nos ajudou e está a ajudar a estruturar a empresa, principalmente ao nível da criação de uma nova plataforma online, que iremos lançar na próxima semana”, acrescenta. “E, para além de nos ter vindo a ajudar nesta fase de pandemia, veio também ajudar-nos em termos de contactos, ou seja, pôs-nos em contacto com entidades e dirigentes de empresas, que, de outra forma, possivelmente não conseguiríamos chegar ou não conseguiríamos chegar tão facilmente”, diz Rúben. Sobre fazer ajustes no modelo de negócio: “O nosso modelo de negócio principal é o aluguer de malas, mas quando falamos em malas, as pessoas pensam sempre em malas de roupa e nós temos outros tipos de malas”, explica Rúben. “Agora até, para o verão, temos malas para colocar nos tejadilhos ou nas partes traseiras dos carros”, exemplifica. No entanto, com esta questão da pandemia, Rúben diz que tiveram de mudar o chip para a parte de envios e recolhas a nível europeu: “tendo em conta que nós já tínhamos toda a estrutura de enviar e recolher as malas montada, estamos agora a proceder a envios e recolhas de objetos de pessoas particulares, e até mesmo de algumas pequenas e micro empresas, que necessitam de enviar alguma coisa para a europa e/ou que necessitam de enviar de lá para cá”. Ser solidário em tempos de COVID-19: Rúben conta que para ajudar os profissionais de saúde, colocaram as suas malas à disposição dos mesmos: “chegámos a colocar as malas nas casas dos enfermeiros, para os seus familiares colocarem lá as suas roupas, e voltámos a recolher e a entregar nos hotéis onde eles estavam hospedados”. “A ideia foi mesmo ajudar no que fosse possível e nós só podíamos ajudar dessa forma e ajudámos”, diz. Um futuro incerto: Sobre o ecossistema empreendedor do futuro, Rúben crê que “não vai haver tanta facilidade em obter investimento nos próximos tempos, uma vez que há muita indefinição no futuro, muita indefinição do que ai vem”. “Acho que vão fechar muitas torneiras de investimento nas startups que já existem e nas que podem vir a existir, agora, a curto prazo”, acrescenta. “Acredito que vão nascer novas empresas, novas startups de serviços e de criação de bens, que não existem neste momento, e que outras, que estavam para surgir ou que entraram no mercado há pouco tempo, vão fechar”, conclui. Entrevista feita por: Rita Frade, Coordenadora de Marketing e Comunicação da Fábrica de Startups

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